Os juros do FED e as importações brasileiras
Em comunicado recente, o Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (FED), anunciou que os juros americanos não terão aumento. Seu patamar continuará entre 0,25 e 0,50%, conforme lançado no início de 2016, o primeiro aumento depois de uma década [1]. Com isso, o preço do dólar despencou, ficando abaixo dos R$4,00, patamar que gerou inquietação durante o ano de 2015. Uma janela de oportunidades às importações brasileiras e aos que planejam consumir mercadorias estrangeiras.
Embora não estejam mais zerados, os juros americanos podem ser considerados baixos. Como resultado, empréstimos de moeda americana continuam facilitados, o que diminui seu valor cambial. É um momento interessante para importadores e para consumidores que desejam adquirir mercadorias em dólares. Somado ao contexto político brasileiro, os juros americanos formam uma janela de oportunidade no mercado de câmbio, permitindo adquirir moeda estrangeira em patamares que, por enquanto, são os mais acessíveis desde que o dólar alcançou os R$4,00.
Desde a década de 2010, os juros americanos foram zerados como forma de tentar recuperar a economia americana, que enfrenta recessão desde a crise de 2008. A redução buscou facilitar empréstimos, estimular o investimento e aquecer o empreendedorismo, melhorando as chances de recuperação econômica.
O aumento dos juros em 2016 foi baseado na recente melhora da economia americana. Em 2015, houve maior geração de empregos, sinalizando que as políticas de juros baixos estariam gerando resultados. Apesar dessa melhora, as taxas de inflação permanecem baixas, abaixo de 2%. Além disso, o risco mundial permanece alto, com economias demonstrando crescimento escasso. Um contexto que explica a opção americana por não aumentar os juros.
Em longo prazo, é provável que haverá manutenção das baixas taxas de juros por parte do Comitê. O crescimento mundial tem sido considerado baixo. Em nenhum outro pós-crise houve crescimento tão modesto quanto o atual [2]. Teorias mais recentes atribuem essa baixa recuperação à demografia mundial, que cresce em número de idosos e decresce em número de jovens. [3] Diante desse fato, é possível que não haja booms econômicos vigorosos como os de outrora. Uma oportunidade que, para ser bem explorada, exige assessoria profissional.
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[1] http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/03/bc-dos-eua-mantem-taxa-de-juros.html
[2] https://www.foreignaffairs.com/articles/world/2016-02-15/demographics-stagnation
[3] https://www.foreignaffairs.com/articles/2010-11-01/demographic-future
Marcelo dos Santos Netto