OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA NO BRASIL
Em 2014, o baixo desempenho econômico mais uma vez adiou a entrada do Brasil no clube das potências econômicas. Entre as razões desse retrocesso, tem destaque os desafios da logística, que enfrenta dificuldades em todos os setores.
A situação atual da logística brasileira torna o comércio caro e dispendioso, dificultando negócios para comerciantes e importadores. Isso entrava a economia brasileira, que se torna cada vez menos competitiva [1], devido à baixa capacidade de transporte e alocação.
Uma das principais dificuldades da logística brasileira é a alta concentração no transporte rodoviário. Em outras épocas, as rodovias significavam instalação rápida e operação barata. Em longo prazo, elas passaram a obstruir a logística do país, porque se tornaram congestionadas, inseguras e perigosas. Além disso, estão deterioradas, como o resto da logística nacional.
A conservação da logística brasileira é cada vez mais precária. Estudo do Fórum Econômico Mundial revelou em 2010 que o Brasil possui nível de qualidade rodoviária de 2,8, enquanto a média mundial é de 3,9. A situação também é complicada na malha ferroviário: o Brasil possui nível de 1,8, quando a média mundial é de 3,1 [2].
A situação é semelhante nos portos. O estudo do Fórum revelou que os portos brasileiros estão no nível de 2,6, quando a média mundial é de 4,9. A rede aeroportuária também enfrenta problemas. O Brasil possui nível de 4,1, enquanto a média mundial é de 4,9 [2].
O problema mais urgente da logística brasileira, no entanto, é a falta de profissionais. De acordo com pesquisa do Instituto Dom Cabral, conduzida pelo Núcleo CCR de Infraestrutura e Logística, existe no setor dificuldade para contratar todos os tipos de profissionais [3]. Uma razão para essa dificuldade é a precariedade das condições de trabalho, os salários pouco atraentes e o stress da profissão [4].
O Brasil ensaia iniciativas para aperfeiçoar a logística nacional. Diversos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são realizados em logística. Para dinamizar o comércio com a China, o Brasil investiu pesadamente na Rota Bioceânica, que conecta o porto de Santos (SP) a portos do Peru e do Chile.
Entretanto, as soluções ainda não geraram os efeitos desejados. Além disso, existe a possibilidade de exigirem planejamento mais sofisticado. Segundo o Movimento Pró-Logística, a Rota Bioceânica pode ser interessante para a integração regional, mas ainda não gerou resultados vantajosos para comerciantes brasileiros [5].
FONTES
[2] http://www.ahk.org.br/extranet/gie/pdf_gie/Jose%20Mamede.pdf
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