Entenda a crise na China

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Entenda a crise na China

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O mercado chinês ocupa posição estratégica na economia mundial. Isso explica por que a crise na China tem causado preocupação. Seus indicadores recentes informam que sua economia está arrefecendo. Isso significa diminuição em sua capacidade produtiva e de consumo, afetando importadores e investidores em todo o mundo.

O início da crise chinesa remete a 2008, ano da crise estadunidense e da falência do banco Lehman Brothers. Para evitar os revezes de então, o governo chinês injetou trilhões de dólares na economia doméstica, buscando reaquecê-la por meio de crédito fácil.

A injeção desse dinheiro ensejou uma especulação agressiva no mercado imobiliário. O governo combateu essa especulação, fazendo investidores migrarem para empréstimos no mercado paralelo de crédito, conhecido como “shadow banking”.

O governo também inibiu o shadow banking, deslocando investidores para a bolsa de valores, onde atuaram de forma agressiva. Alguns contraíam empréstimos somente para investir na bolsa e ter alto lucro em curto prazo, operação arriscada no mercado de ações.

A especulação ensejou uma alta de 150% nas principais bolsas chinesas durante 2014. A ascensão contrastava com os números da economia, cujos resultados revelam um “pouso suave”. O PIB, por exemplo, contraiu de 7 para 6,5 de 2014 para cá. A queda é leve, mas revela um encolhimento do qual a bolsa estava completamente descolada.

Sem fundamentos concretos, a bolsa de valores chinesa entrou em colapso. Investidores têm retirado seu capital às pressas. O governo chinês tenta deter esse processo por meio de empréstimos a corretoras, entre outras ações. Uma nova ascensão da bolsa chinesa, no entanto, não significa recuperação.

Embora permaneçam altos, os sinais da economia chinesa sofrem declínio. Como consequência, as importações e exportações da China ficam prejudicadas. O país não comprará ou venderá tanto quanto antes. Isso afetará drasticamente o mercado mundial, considerando que a China é a segunda maior economia do mundo.

Parceiros como os Estados Unidos, a União Europeia o Brasil certamente sofrerão revezes com o arrefecimento chinês. A China tem sido um dos seus principais mercados consumidor e fornecedor, fragilizando o comércio internacional em relação à sua prosperidade. Com o declínio da China, a provável tendência internacional será defensiva.

REFERÊNCIAS

http://economia.estadao.com.br/blogs/descomplicador/cinco-perguntas-sobre-a-crise-nas-bolsas-da-china/

http://oglobo.globo.com/economia/dez-perguntas-para-entender-crise-na-china-16718345

http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2015/07/entenda-o-risco-das-bolsas-na-china-e-a-influencia-no-brasil-4798111.html

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