Entenda a crise da Grécia

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Entenda a crise da Grécia

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A crise da Grécia ocupa os noticiários e preocupa o mercado internacional. Seus efeitos podem trazer instabilidade sistêmica à finança e ao comércio mundiais, gerando possível cenário defensivo para importadores.

A crise grega iniciou há cerca de uma década atrás, quando o país mascarou sua dívida pública para adentrar a zona do euro. Além disso, para custear seus gastos públicos, a Grécia contraiu um empréstimo volumoso do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Recentemente, foi revelado que a dívida pública grega está acima de 60% do Produto Interno Bruto, violando o limite estabelecido para adentrar a zona do euro. A Grécia não possui recursos para pagar suas dívidas, que estão em cerca de € 271 bilhões. É um país menos viável do que como se apresentou.

A União Europeia poderia auxiliar a Grécia com um empréstimo. Para isso, exige que o governo grego tome medidas austeras de contenção, como aumento de impostos e corte de gastos públicos.  Com tendência progressista, o governo grego rejeita essa possibilidade e busca alternativas.

No dia 05 de julho, foi realizada uma consulta popular para saber se o povo grego aceitava as medidas de contenção impostas pela União Europeia. 61% do povo rejeitou as medidas. O governo grego espera que esse resultado possa ser usado como instrumento de barganha. No entanto, o prazo para barganhar está ficando escasso.

No dia seguinte, 6 de julho, venceu o prazo para a Grécia pagar sua dívida. Existe risco de a Grécia declarar moratória. Isso golpearia diversas instituições bancárias, algumas de forma definitiva. O crédito seria comprometido em diversas partes do mundo, afetando importações e exportações de diversas economias.

Caso escolha a moratória, a Grécia poderá ser “expulsa” do mercado internacional e certamente terá problemas em ser aceita de volta. É como ocorre à Argentina, que declarou moratória e ainda não conseguiu retornar.

O calote poderia fazer a Grécia ser desligada da zona do Euro, uma decisão inédita. Além disso, poderia ensejar o desligamento de outros países problemáticos, como Portugal e Itália. Tudo isso causaria alvoroço na União Europeia, importante mercado brasileiro. Importações e exportações poderiam ser reduzidas, afetando fornecedores e compradores.

Não existe certeza sobre o que significaria para a Grécia ser “expulsa” da zona do euro. Alguns especulam que causaria enfraquecimento da economia grega. Outros calculam que poderia ser uma oportunidade de reforço, isolada das fragilidades da União Europeia.

REFERÊNCIAS

http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/06/o-que-acontece-se-grecia-der-calote-no-fmi-entenda-crise-no-pais.html

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/entenda-a-crise-grega-em-5-minutos


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