A CRISE DE 2008 E SEU LEGADO

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Crise de 2008

A CRISE DE 2008 E SEU LEGADO

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Com frequência a crise de 2008 é considerada uma das maiores causas dos modestos resultados econômicos mundiais. Ela gerou um legado de maus prognósticos que ainda produz resultados práticos, como contenção de despesas e comportamento financeiro ultraconservador. Para muitos, é até mesmo incoerente dizer que a crise “deixou um legado”: ela ainda existe e está ativa. Entender essa crise é necessário para conhecer os rumos que o mercado pode tomar nos próximos anos.

Embora a economia mundial tenha recuperado um pouco do crescimento [1], a crise ainda é temida. Ela gera hesitação por parte de investidores, empreendedores e financistas, que ainda não vêem motivo para comemoração. Considerando os episódios passados, como a crise de 1990, os efeitos dessa crise deveriam ter passado rápido. Infelizmente, essa talvez seja a pior crise de todos os tempos, comparada somente à de 1929.

A crise de 2008 iniciou nos Estados Unidos da América, durante a Era Bush. Após o 11 de setembro, os EUA passaram a realizar gastos pesados com operações militares no exterior. Isso onerou demais a economia dos EUA, da qual o mundo inteiro possui dependência. A fim de se protegerem, China e Inglaterra decidiram injetar dinheiro nos bancos estadunidenses, estimulando esses bancos a emprestar mais.

Dessa forma, os EUA testemunharam uma corrida por dinheiro emprestado, principalmente para comprar imóveis, devido às facilidades de condições geradas desde a década de 1990. Quando o apoio externo acabou, os juros cresceram, gerando inadimplência e retirada de dinheiro, o que pôs muitos bancos em risco. Era o episódio conhecido como estouro da bolha imobiliária nos EUA.

Para conter a crise, a Casa Branca injetou dinheiro nos bancos, atitude pela qual recebeu críticas. O apoio foi cortado, fazendo muitos bancos quebrarem, como ocorreu ao Lehman Brothers. Isso gerou um “efeito dominó” ao redor do mundo, diminuindo o crescimento mundial. Muitos negócios dependem direta ou indiretamente dos empréstimos concedidos por bancos estadunidenses.

Nesse contexto, os países emergentes ganharam destaque. Eram vistos como um possível alívio para a crise, pois estavam crescendo, ainda consumiam e recebiam investimento externo. Havia a expectativa de que esse investimento pudesse ser usado para conter as crises que afetavam diversos países da Europa, para onde a crise estadunidense transbordou. Esses fatos explicam, por exemplo, a proeminência da política externa brasileira durante a Era Lula.

Embora a crise ainda seja temida, existem indícios que os países centrais tenham obtido alguma recuperação. Enquanto isso, os países emergentes estão novamente estagnados, como demonstra a situação presente do Brasil e da Rússia. Há analistas que consideram essa “crise” um mero golpe de retórica, como alguns afirmam ocorrer no Brasil [2]. Seja como for, a crise ou a memória dela permanece intensa nas considerações de analistas, garantindo sua realidade.

 

REFERÊNCIAS

[1] http://www.douradosagora.com.br/brasil-mundo/economia/economia-mundial-volta-a-crescer-mas-corre-riscos-para-manter-estabilidade

[2] http://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/3635648/164-economistas-criam-manifesto-rebatem-dilma-nao-crise-internacional

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