Comércio exterior e as medidas econômicas de 2015
O governo empossado parece cada vez mais seguro (ou pressionado) a pronunciar as intenções de suas medidas econômicas neste novo mandato. As recentes declarações incluíram termos que deixam evidente a prioridade de recuperar as contas públicas. Importadores, comerciantes e investidores podem agora se beneficiar de informações oficiais, que permitem realizar planos de forma mais consistente do que usando especulações.
A recuperação das contas públicas pode significar que, em curto e médio prazo, a economia provavelmente sofrerá alguma retração. O governo vai continuar seus esforços para arrecadar mais e gastar menos. Isso pode dificultar os investimentos, porque talvez inclua aumento de tributos, especialmente sobre importação. De fato, um decreto presidencial recentemente aumentou o custo do PIS sobre importação e do Cofins sobre importados. [1]
É possível que não se chegue à recessão em longo prazo. O ajuste das contas públicas pode estabilizar novamente a macroeconomia nacional. Por outro lado, em curto prazo, o PIB do Brasil poderá até mesmo ser negativo. O Ministro da Fazenda admite a possibilidade de o primeiro semestre ser negativo [2]. Enquanto isso, economistas e analistas prevêem PIB em menos 5 pontos percentuais para o ano [3].
As importações serão impactadas por esse cenário de frugalidade. Soluções alternativas em câmbio, fornecedores e engenharia financeira serão bem vindas. O cenário internacional pode ser beneficiado pela baixa recente do preço dos combustíveis, cujas fontes e alternativas estão multiplicando. Fornecedores e produtores mais competitivos podem surgir, abrindo janelas de oportunidades para importadores e comerciantes brasileiros.
REFERÊNCIAS:
[3] http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,analistas-ja-preveem-pib-negativo-este-ano,1623016