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A alta do dólar segue uma tendência significante. Desde setembro de 2014, o preço disparou cerca de 10%, com tendência de prosseguir esse aumento. Isso exige planejamento por parte de importadores, que precisam avaliar a provável duração dessa alta. Com base no contexto, é possível dizer que ela vai durar bastante, porque está baseada em fatores de longo prazo.
A inflação brasileira incita essa alta do dólar. Ela faz circular cada vez mais dinheiro nacional, principalmente como crédito facilitado. E, quanto mais dinheiro nacional circulando, maior a desvalorização do câmbio. De acordo com o Boletim Focus, a previsão do IPCA de 2015 (medida da inflação) é de 6,5%, no limite da meta [1]. Isso indica desvalorização da moeda nacional.
Enquanto isso, a quantidade de dólares no mundo tende a diminuir. O Federal Reserve System (FED) abandonou a política anticíclica contra a crise iniciada em 2008 [2]. A compra de títulos foi encerrada, devido aos bons sinais da economia estadunidense [3]. Isso diminuirá os dólares circulando, o que aumentará o preço da moeda.
Para agravar, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro passa por apuros. Com ou sem recessão técnica, os resultados permanecem baixos. De acordo com o Boletim Focus, a previsão de crescimento para 2015 é de meros 0,73% [a]. Isso faz com que investidores fujam da economia nacional. Eles levam consigo seus dólares, aumentando a desvalorização da moeda nacional.
A situação complica-se com o mercado de ações, que está cada vez mais deprimido. Investidores estão zerando seus investimentos na Bovespa e migrando para outros mercados acionários. Para isso, vendem suas ações em reais e compram dólares, com os quais podem investir em outros lugares. Isso explica a relação inversa entre a Bolsa e o dólar: a alta de um significa a baixa de outro, e vice versa.
Finalmente, as contas governamentais estão perigosamente distorcidas. As mudanças nas metas de superávit foram recentemente aprovadas pelo Congresso Nacional. Elas podem ludibriar a contabilidade pública, mas não convencerá os banqueiros internacionais. Com isso, os empréstimos serão dificultados para o Brasil, afugentando investidores estrangeiros e diminuindo ainda menos a quantidade de dólares disponíveis na economia brasileira.
O governo ensaia respostas à desvalorização cambial e à alta de inflação. Promete aumentar os juros e abandonar a estratégia de âncora cambial. Os resultados, no entanto, irão gerar resultados em longo prazo – isso se gerarem. Até lá, a expectativa mais certa é aumento no preço do dólar e nos custos de importação, exigindo cuidados por parte de quem planeja realizar importações em 2015.

FONTES:
[1] http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2014/12/mercado-baixa-previsao-para-pib-e-ve-inflacao-no-limite-da-meta-em-2015.html
[2] http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/29/economia/1414607394_203338.html
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