BOLA DE CRISTAL DA MACROECONOMIA EM 2015

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2015

BOLA DE CRISTAL DA MACROECONOMIA EM 2015

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O final do ano inaugura a temporada de previsões econômicas para 2015. Elas talvez não prevejam o futuro literalmente, mas dão a chance para importadores conhecerem as expectativas do mercado. De todas as informações, destacam-se as da macroeconomia e as do planejamento das empresas. Elas podem ser avaliadas por meio do Relatório Focus, enviado pelo Banco Central; e pela recente pesquisa da Fundação Getúlio Vargas sobre as intenções de investimento em 2015.

Durante 2014, o Relatório Focus demonstrou tendências consistentes sobre as expectativas para o ano seguinte. O boletim indicou diminuição contínua das projeções sobre o Produto Interno Bruto em 2015, chegando ao mínimo de 0,69 até a publicação desta matéria. Enquanto isso, as expectativas para a inflação seguiram tendência ininterrupta de alta, atingindo o limite de 6,50 no valor do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As expectativas para o valor do câmbio seguiram tendência neutra até a metade do ano, quando começaram a se erguer. [1] A combinação indica provável cenário defensivo.

As expectativas de empreendedores mantêm ritmo estável, embora já tenham sido melhores. É o que indica os resultados de uma pesquisa da FGV sobre intenções de investimentos em 2015, realizada com mais de 3800 empresas de todos os setores. Nas indústrias, 41% planejam aumentar investimentos, contra 47% que intenciona manter o mesmo nível. Na área de serviços, 48% pretendem manter os investimentos de 2014, enquanto 42% planejam expandir. Em comércio, 52% pretendem expandir, ao passo que 48% manterão os mesmos níveis. De acordo com a FGV, as expectativas para 2015 são mais modestas do que as realizadas para 2014. [2]

Os prognósticos para 2015 estão longe de ser desastrosos, mas indicam provável tendência à cautela por parte de empresas e investidores. As projeções macroeconômicas e as expectativas de investimento são complementares: faz sentido estacionar os investimentos diante de incertezas. Existe uma boa notícia: as empresas não planejam diminuir os investimentos, mas os manter. É possível que ainda esteja em tempo de corrigir as instabilidades e retomar o crescimento perdido.

FONTES

[1] http://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/R20141212.pdf

[2] http://www.valor.com.br/brasil/3824824/menos-empresas-planejam-investir-em-2015-aponta-sondagem-da-fgv


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