A IMPORTAÇÃO DE COCO RALADO

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A IMPORTAÇÃO DE COCO RALADO

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Em épocas de baixa produção brasileira, a importação de coco ralado pode ser dificultada por medidas de salvaguarda. Entenda como isso acontece.

O coco ralado que adoça nossos bolos, cuscuzes e outros quitutes pode gerar atritos econômicos nada saborosos. É um dos produtos mais ilustrativos dos conflitos de interesse entre a economia brasileira e a internacional.

A produção de coco ralado no Brasil é ampla, mas passa por alguns períodos de escassez. Esses períodos culminam entre junho e outubro, quando a produção do coco ralado diminui sensivelmente no Nordeste, principal área produtora no país, de acordo com dados da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) [1].

Nesses momentos, o preço do coco ralado nacional fica muito mais caro, porque se torna escasso. Por consequência, o preço do coco ralado de outros países ficam muito mais atraentes, estimulando as importações. Dessa forma, os produtores nacionais ficam temporariamente vulneráveis.

Essa vulnerabilidade pode gerar revezes para os produtores nacionais de coco ralado. A fim de remediar essa situação, o governo brasileiro adota, desde 1995, medidas de salvaguarda. Essas medidas incluem sobretaxar o coco vindo de países como Sri Lanka, Indonésia, Malásia, Costa do Marfim e Filipinas [1].

As salvaguardas são previstas pela Organização Mundial do Comércio. Elas podem ser aplicadas em situações como a do coco ralado brasileiro, que recebeu aval da OMC após apelação realizada por outros países [2]. As medidas podem significar a conservação da produtividade nacional no setor. É o que ocorre no Brasil durante a baixa produção doméstica de coco ralado.

Em 2012, um estudo do Ministério da Agricultura sugeriu que as medidas de salvaguarda estavam sendo insuficientes. Como consequência, teria ocorrido desindustrialização e inviabilidade produtiva no setor de coco ralado [3]. Nesses casos, são esperadas salvaguardas ainda mais rigorosas.

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[1]http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Coco/ACulturadoCoqueiro/aspectos.htm

[2]http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi220221.htm

[3]http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/camaras_setoriais/Fruticultura/35RO/App_impacto_importa%C3%A7%C3%A3o_COCO_POLIFRUTAS.pdf

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