Manufatura Aditiva: Por que acompanhar essa tendência?
A manufatura aditiva, conhecida popularmente como impressão 3D, é um sistema de fabricação no qual um objeto é impresso em uma máquina através da deposição em camadas de um material. Esse procedimento é uma das bases da Quarta Revolução Industrial e vem sendo desenvolvido desde a década de 1980, mas ganhou força a partir de 2010 quando houve um crescimento expressivo das vendas de impressoras 3D. Ele vem sendo amplamente utilizado na área da saúde para a produção de próteses, na indústria aeroespacial e automotiva para a fabricação de peças sob medida e até mesmo no meio artístico, para a fabricação de esculturas, por exemplo.
O princípio de funcionamento da manufatura aditiva é bem simples. Primeiramente é feito um desenho 3D do objeto de interesse em algum software de modelagem como SolidWorks, Sketchup, AutoCAD, entre outros. Após isso, o modelo desenvolvido é fatiado em diversas camadas através de outro software. Por fim, a impressora 3D é carregada com o material de deposição (polímeros, metais, vidros, materiais médicos ou afins) e recebe os comandos vindos do projeto, iniciando-se assim o processo de impressão até que todo o objeto seja impresso.
Além desse método de fabricação ser de fácil aplicação, ele ainda apresenta um menor custo em detrimento a outros sistemas de produção, permitindo a criação de peças com um alto grau de detalhamento. Aumenta também a eficiência da utilização de sua matéria-prima, visto que só gasta o necessário para produzir o objeto. Também auxilia em fazer que a empresa que a utiliza ganhe agilidade no mercado, pois realiza a confecção de itens difíceis com maior rapidez. Uma outra vantagem, é que as impressoras 3D já somam 90% de queda nos preços de aquisição desde seu lançamento no mercado.
É válido ressaltar que algumas instituições que usam a manufatura aditiva, já registraram um aumento de 400% no seu faturamento. Empresas como Heineken e New Balance vêm utilizando dessa tecnologia, sendo que a primeira atua na área de fabricação de peças para sua linha de produção e já conseguiu a redução de custos e tempo de entrega em torno de 70% a 90%, enquanto a segunda vem imprimindo solas de tênis em alguns de seus modelos, conseguindo produtos mais leves e mais baratos.
Contudo, por ser um método de fabricação relativamente recente, a manufatura aditiva ainda enfrenta alguns desafios, como por exemplo na preparação da impressora 3D para execução de determinada peça, o chamado setup. O operador do equipamento tem de ter conhecimentos mínimos de desenho técnico e de matemática, visto que a impressora trabalha com base em um desenho pré-estabelecido e localiza-se por meio de coordenadas, fato que em alguns casos pode vir a dificultar a confecção de determinada peça.
A utilização da manufatura aditiva tem sido pouco explorada quando falamos das impressoras 3D, normalmente vemos apenas bonecos, carros em miniatura, dentre tantos outros “brindes”. É importante notarmos a grande aplicabilidade desses equipamentos. Imagine por exemplo uma situação na qual você como um empresário deseja saber como um novo produto irá ser, com a impressora 3D, antes de você gastar com a produção dessa nova peça, pode ver o produto final fisicamente, testá-lo e mostrá-lo aos seus futuros clientes, aumentando consequentemente as chances de aceitação.
Outro desafio no uso das impressoras 3D consiste na escassez de cursos para operação desses equipamentos, o que impossibilita a expansão ainda mais rápida na produção de produtos inovadores. Na Universidade Federal de Viçosa, local de nossa sede, conta com uma impressora 3D, trazendo assim mais tecnologia e inovação para a região de Viçosa. No laboratório de manufatura aditiva podem ser fabricadas peças como rotores de bombas hidráulicas, hélices de turbina em escala reduzida, protótipos de novos produtos como móveis, ferramentas, esquemas de montagens, produtos didáticos, dentre tantos outros produtos.